A gente ganhou um mega perfil no Santa, que ficou incrível. Segue a matéria na íntegra, mas super tem que comprar a edição impressa que tá circulando esse final de semana na região. Arrasa!
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Trio blumenauense lidera o projeto Fake It!, que engloba novos conceitos de moda, música, arte e comportamento
Por CAROLINE PASSOS
Duh, Douglas e Cae, sentados nessa ordem, conversam displicentes em uma das mesas do Bar da Galesi. A casa estigmatizada como reduto gay de Blumenau amplifica o sentido quando o trio está por lá. É como se as três figuras ali atualizassem a decoração datada. A luz azulada, o globo anos 70, os sofás marrons revestidos em courino, os quadros de artistas desconhecidos, tudo vira hype ou, traduzindo, supernovo.
O silêncio numa noite de quarta-feira na Alwin Schrader, onde um pequeno boteco está mais movimentado do que a boate do outro lado da rua, destoa do calor dos dias em que o kkklã - como o trio se autodenomina, assim mesmo com três letras "k" - comanda a Fake It!, festa que ocorre pela oitava vez sábado. Tocar na Galesi, contam os meninos, é como ouvir música na sala de casa.
O conceito do Fake It! vai além da festa. Primeiro porque Douglas, Cae e Duh Killerpopbitch - na seqüência dos cartazes e flyers de divulgação - não se consideram DJs. Eles respondem pelo set list da festa, mas não mixam nem pré-selecionam as músicas. O repertório muda de acordo com o clima da pista e os instintos do trio (na hora de montar o set list para a reportagem do Santa, os três reforçaram que é uma tarefa difícil. Não há uma banda ou cantor preferido, a não ser Madonna. Para eles, o gosto muda muito rápido). Segundo, porque o projeto engloba conceitos de moda, música, comportamento, arte pop, mas a essência mesmo é a diversão - ou como o trio diria: se jogar!
Difícil de entender pra quem não conhece o kkklã. Os três personificam o sentido do Fake It!. No jeito de vestir, no que pensam e como agem. Duh, Douglas e Cae definem a tradução do nome da festa: fake it! é igual a falsifique-se, sem alegorias, caricaturas ou superficialidades. Na Fake It!, o gosto por moda e a vontade de usar um look de editoriais das The Face da vida concretizam-se sem preconceitos, palavra inexistente no vocabulário dos meninos.
- Você pode ser o que quiser. A proposta é estimular as pessoas a ousarem, sem serem caricatas, é claro - define Cae.
A reunião
Tudo na Fake It! surgiu da ânsia do trio por novidades, algo mais underground e moderno. O ilustrador Douglas, 24 anos, trabalhava como DJ na Galesi e conheceu Carlos Eduardo (Cae), 25, que trabalha com administração, em 2003. Ambos entediavam-se com as festas de Blumenau. Não muito longe, no Rock Bühne Key Club (o popular bar do Erich), o publicitário e produtor de moda Eduardo (Duh - que atende pelo sobrenome inventado Killerpopbitch), 23, promovia uma festa. Foi onde conheceu Cae.
Mas nada deu em nada de imediato. Douglas foi para São Paulo e só voltou três anos depois. Eles ficaram amigos e ainda acreditavam que a cena de Blumenau estava saturada do mesmo.
- Gostávamos de vir na Galesi, mas não nos encaixávamos com nenhum outro lugar - lembra Douglas.
A Fake It! foi criada para satisfazê-los. Talvez até seja essa a razão do sucesso das sete edições. O kkklã se diverte muito. Lançam mão dos cases com dezenas de CDs caseiros, identificados com caneta permanente, interagem com quem dança perto, acolhem os amigos, se jogam e se divertem.
A primeira edição foi em novembro de 2006. Depois dessa, os meninos passaram a convidar pessoas que não são DJs, mas que têm gosto musical que condiz com a Fake It!, para tocar. Entre os mais famosos estão Alexandre Herchcovitch, Johnny Luxo, Glaucia ++ e Spavieri. Agora, às quintas-feiras, o trio faz uma versão mais indie e tranqüila da festa no Bar da Galesi, que fica ao lado da boate. É a IndieRock Me, que também traz convidados.
Looks ousados
Como moda está diretamente ligada à proposta do kkklã, em cada festa os convidados mais estilosos são registrados e as fotos ficam expostas no site www.flickr.com/photos/wefakeit. Algo parecido com o que sites internacionais de moda fazem com imagens de pessoas comuns nas ruas de Nova York e Londres. A proposta surgiu na terceira edição da festa.
Primeiro, lembra Douglas, eles faziam fotos de si mesmos, mas como o público começou a aparecer om looks mais descolados, eles tiveram a idéia das fotos. Foi um movimento natural, lembram. Eles não reforçam rótulos e acreditam que a Fake It! esteja longe do estigma de festa gay. É mais amplo que isso.
- O Fake It! virou um way of life - brinca Duh
4 comentários:
parabéns por tudo, vcs merecem mesmo, ralaram pra caramba pra fazer tudo isso acontecer e com certeza são referência.
mommy orgulhosa!
kkkkkkkkk
Arrasaram ontem, meninos!
=*
carol sempre manda muitíssimo bem nos perfis.
Sempre arrazando. Merecem cada pingo, cada conquista!
PARABENS!
E isso, não é o bastante!
Se joguem sempreee!
Bjs
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